x

Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar por e-mail Compartilhar no Telegram Compartilhar no Reddit
Exemplos de

Olhar para o dia de amanhã

3 resultados encontrados


1. Ilha

de coisas tão puras Que move uma vida Um verde profundo no
A me endoidecer Quisera estivesse no mar E não em você Po
de coisas tão puras Que move uma vida Um verde profundo no
A me endoidecer Quisera estivesse no mar E não em você Po
¡ o rei se tinha retirado, só estava a mulher da limpeza a
para ele com cara de caso. O homem desceu do degrau da port
da cara de caso com que a mulher da limpeza havia estado a
, foi esse o preciso momento em que ela resolveu ir atrás d
cida, aqui está como as pessoas se enganam nos sentidos do
, sobretudo ao princípio. Ela entregou-lhe uma vela, disse,
que tu queres. O suplicante dizia ao que vinha, isto é, pe
o que tinha a pedir, depois instalava-se a um canto da port
o que, de acordo com a pragmática das portas, ali só se po
atender um suplicante de cada vez, donde resultava que, enq
e guardar os obséquios. À segunda vista, porém, o rei per
, e muito, porque os protestos públicos, ao notar-se que a
o descontentamento social, o que, por seu turno, ia ter ime
tas e negativas consequências no afluxo de obséquios. No c
fícios e os prejuízos foi ter ido o rei, ao cabo de três
s, e em real pessoa, à porta das petições, para saber o q
acertara na previsão, que o rei, mesmo que demorasse três
s, haveria de sentir-se curioso de ver a cara de quem, sem m
eza que chamasse a guarda do palácio a vir restabelecer ime
tamente a ordem pública e impor a disciplina, mas, nesse mo
ceu do degrau da porta, sinal de que os outros candidatos po
m enfim avançar, nem valeria a pena explicar que a confusã
e eu realmente queria já foram abertas e porque de hoje em
nte só limparei barcos, Então estás decidida a ir comigo
se com assinalá-las, uma vez que para este trabalho não po
m servir a linha e a agulha com que passajava as peúgas dos
boca para se inteirar de como lhe tinha corrido o resto do
, ele disse, Está descansada, trago aqui comida para os doi
, A primeira contrariedade foi estar à espera do rei três
s, e não desisti, Se não encontrares marinheiros que queir
o pensou nada, devia ter pensado tudo durante aqueles três
s, quando entreabria de vez em quando a porta para ver se aq
e a tripulação descansava à sombra. Não percebia como po
m ali estar os marinheiros que no porto e na cidade se tinha
a ilha desconhecida, mas porque assim se ganhará tempo, no
em que lá chegarmos só teremos que transplantar as árvor
ntão o homem do leme viu uma terra ao longe e quis passar a
nte, fazer de conta que ela era a miragem de uma outra terra
lores, com as trepadeiras que se enrolavam nos mastros e pen
m da amurada como festões. Por causa do atropelo da saída
o nome que ainda faltava dar à caravela. Pela hora do meio-
, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à p
vantaram, que desceram à coberta, aí a mulher disse, Até
, eu vou para este lado, e o homem respondeu, E eu vou para
ra este lado, e o homem respondeu, E eu vou para este, até
, não disseram bombordo nem estibordo, decerto por estarem
etudo ao princípio. Ela entregou-lhe uma vela, disse, Até
, dorme bem, ele quis dizer o mesmo doutra maneira, Que tenh

2. Taverna

uez pesa negro naquelas pálpebras onde a beleza sigilou os
es da volúpia? — Cala-te, Johann! enquanto as mulheres do
a dormida no leito dela a condessa Bárbara. Dei um último
àquela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a la
nto dela se descobriam respeitosos. Nunca ninguém lhe vira
es de orgulho, nem lhe ouvira palavras de cólera: era uma s
cadáver, cujos peitos nus arquejavam como a agonia, cujos
es fundos e sombrios se injetavam de sangue como a loucura.
ó. Saímos juntos: a noite era escura e fria. O outono desf
a as árvores e os primeiros sopros do inverno rugiam nas fo
ele podia reduzir a ela quando quisesse… Eu estremeci, os
es do velho pareciam ferir-me. — Nunca ouviste essa histó
no cavalo negro, com as roupas de veludo, as faces vivas, o
ardente entre o desdém dos cílios, transluzindo a rainha
cios, as ruas se fazias ermas, e a lua de sonolenta se escon
no leito de nuvens. Uma sombra de mulher apareceu numa jane
ulher, gemiam aqueles soluços e todo aquele devaneio se per
num canto suavíssimo... Um ano depois voltei a Roma. Nos b
o a folha de uma espada. Trespassava de dor o ouvi-la. Dois
s e duas noites levou ela de febre assim... Não houve como
, nem o rir do frenesi. Morreu depois de duas noites e dois
s de delírio. A noite saí; fui ter com um estatuário que
€” noite a noite — dormi sobre as lajes que a cobriam. Um
o estatuário me trouxe a sua obra. Paguei-lha e paguei o s
me apertava o seio! Foi ela, vós o sabeis, quem fez-me num
ter três duelos com meus três melhores amigos, abrir trê
embriagou de deleite nas nossas frontes pálidas... Mas um
o marido soube tudo: quis representar de Otelo com ela. Doi
as armas como um Espanhol. Quando o vapor dos licores me ar
a fronte ela ma repousava em seus joelhos, tomava um bandol
va um bandolim e me cantava as modas de sua terra... Nossos
s eram lançados ao sono como pérolas ao amor: nossas noite
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um
ela partiu: partiu, mas deixou-me os lábios ainda queimado
o meu viver, vossas vigílias correriam breves demais… Um
— era na Itália — saciado de vinho e mulheres eu ia su
não mais! O comandante franziu as sobrancelhas, e passou a
nte para comandar a manobra. O comandante trazia a bordo uma
amores singelos: eram moças loiras da Bretanha e da Norman
, ou alguma espanhola de cabelos negros vista ao passar sent
ra no mundo... Bofé que chorei quando fiz esses versos. Um
, meses depois, li-os, ri-me deles e de mim; e os atirei ao
oá, da morte e da vida, no leito do mar. Quando acordei um
desse sonho, o navio tinha encalhado num banco de areia: o
u, a mulher do comandante, ele e dois marinheiros… Alguns
s comemos umas bolachas repassadas da salsugem da água do m
ia de poeta... Dela, tenho uma rosa murcha e a fita que pren
seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou do bolso um embru
berância dessa fronte, e pelas bossas dessa cabeça quem po
ser esse homem? — Talvez um poeta... talvez um louco. —
ava a voz do instinto, das entranhas que tinham fome, que pe
m seu cevo como o cão do matadouro, fosse embora sangue. A
as as ironias e de todas as decepções. Tudo isso se apaga
nte de dois fatos muito prosaicos — a fome e a sede. O gê
tica do mar, uma lei do naufrágio — a antropofagia. Dois
s depois de acabados os alimentos, restavam três pessoas: e
r. Então o instinto de vida se lhe despertou ainda. Por um
mais, de existência, mais um dia de fome e sede, de leito
e despertou ainda. Por um dia mais, de existência, mais um
de fome e sede, de leito úmido e varrido pelos ventos frio
soluços e lágrimas afogava o bravo que nunca empalidecera
nte da morte. Parece que a morte no oceano é terrível para
Mas assim... no deserto das águas... eles temem-na, tremem
nte da caveira fria da morte! Eu ri-me porque tinha fome. En
s ambos corpo a corpo, peito a peito, pé por pé... por um
de miséria! A lua amarelada erguia sua face desbotada, com
faríeis o mesmo... Aquele cadáver foi nosso alimento dois
s... Depois, as aves do mar já baixavam para partilhar minh
os restos ao mar... Eu e a mulher do comandante passamos um
, dois, sem comer nem beber... Então ela propôs-me morrer
la propôs-me morrer comigo. — Eu disse-lhe que sim. Esse
foi a última agonia do amor que nos queimava: gastamo-lo e
inham mais de entuviada... Estava louca. Não dormi, não po
dormir: uma modorra ardente me fervia as pálpebras, o hál
mo um lençol lançado nas águas... Quantas horas, quantos
s passei naquela modorra nem o sei... Quando acordei desse p
esses velhos sublimes, em cujas cabeças as cãs semelham o
dema prateado do gênio. Velho já, casara em segundas núpc
; sua tez era branca, e só às vezes, quando o pejo a incen
, duas rosas lhe avermelhavam a face e se destacavam no fund
Laura vinha a meu quarto... Três meses passaram assim. Um
entrou ela no meu quarto e disse-me: — Gennaro, estou des
orso. Laura não me falara mais. Seu sorriso era frio: cada
tornava-se mais pálida, mas a gravidez não crescia, antes
rria. Na febre murmurava meu nome e palavras que ninguém po
reter, tão apressadas e confusas lhe soavam. Entrei no qua
meu semblante tão lívido na tela e lembrei-me que naquele
ao sair do quarto da morta, no espelho dela que estava aind
ura que se erguia dentre os lençóis do seu leito e me acen
o remorso e no remorso me rasgava o peito. Por Deus! que fo
me rasgava o peito. Por Deus! que foi uma agonia! No outro
o mestre conversou comigo friamente. Lamentou a falta de su
nem palavra. Todas as noites era a mesma tortura, todos os
s a mesma frieza. O mestre era sonâmbulo… E pois eu não
eira, como o vento às vezes ergue uma folha, mas que ele po
reduzir a ela quando quisesse… Eu estremeci, os olhares d
daria. Olha esse despenhadeiro! É medonho! se o visses de
, teus olhos se escureceriam e aí rolarias talvez de vertig
azinheira gigantesca que assombrava o rio. Era depois de um
e uma noite de delírios que eu acordara. Logo que sarei, u
e a sala do pintor. Cheguei lá, abri as janelas e a luz do
derramou-se na sala deserta. Cheguei então ao quarto de Na
pois eu o soube — a velha da cabana era uma mulher que ven
veneno e fora ela decerto que o vendera, porque o pó branc
as que importa ? Vos todos, que amais o jogo, que vistes um
correr naquele abismo uma onda de ouro e redemoinhar-lhe no
tidões, um sorriso... e depois eram as frontes que se expan
m e depois uma mulher passou a cavalo. Víssei-la como eu, n
? — Pois bem, contarei o resto da história. No fim desse
eu tinha dobrado minha fortuna. No dia seguinte eu a vi: er
tória. No fim desse dia eu tinha dobrado minha fortuna. No
seguinte eu a vi: era no teatro. Não sei o que representar
estatuário. Essa mulher era a duquesa Eleonora... No outro
vi-a num baile... Depois... Fora longo dizer-vos: seis mese
amor com a sede da fera! seis meses! como foram longos! Um
achei que era demais. Todo esse tempo havia passado em cont
remeados de pedraria e flores, seus seios meio-nus, onde os
mantes brilhavam como gotas de orvalho, ergueu-a nos braços
s esperanças, oscilamos entre o passado visionário e este
do velho, gelado e ermo despido como um cadáver que se ban
a que desmaia-te nos braços?!... a prostituta vender-tos-a
mais queimadores!... Miséria!... E dizer que tudo o que hÃ
meus pés... — Olhai, dizia o miserável, esperemos até
... Deus terá compaixão de nos... Por vossa mãe, pelas en
Eu ri-me do velho. Tinha as entranhas em fogo. Morrer hoje,
, ou depois... tudo me era indiferente, mas hoje eu tinha fo
aos pés para ele repelir-me ainda, cuspir-me nas faces, e
procurar outra vingança mais segura?... Eu humilhar-me qua
no orvalho da montanha relvosa, que se esquece da morte de
, da agonia de ontem em seu leito de flores! — Basta, Clau

3. Olhar para o dia de amanhã

Não adianta ‎
sem antes ter pensado no dia de hoje!